Este artigo chamou-me a atenção por razões óbvias... mas não é motivo de orgulho, antes de preocupação em dois pontos:
- O mesmo jornal prossegue com os indicadores do estudo: "equipamentos de comunicação, culturais, de saúde e educativos, infra-estruturas básicas, cultura e lazer, educação, população, segurança, ambiente, dinamismo económico, mercado de habitação e trabalho, rendimento e consumo." A Nazaré não evoluiu nos últimos dois anos a nível dos factores acima mencionados, contrariamente a Alcobaça que subiu do 68.º para o 45.º lugar, isto em dois anos.
- Os gastos descomunais da C.M.N. não contemplam os factores que tornam esta terra um dos melhores conselhos para habitar, constituir família, trabalhar (os factores desenvolvimento apontados no estudo)... o gastos soberbos da C.M.N. contemplam sim a soberba e podem até esgotar as duas principais fontes de receitas das famílias nazarenas o turismo e a pesca (só o porto de pesca é fonte de mais postos de trabalho que todas as superfícies comerciais juntas na Nazaré).
A mim pouco me importa o ranking, defendo a ideia de que devemos ter uma Nazaré que dê qualidade de vida aos seus habitantes, e não uma estatística qualquer, mas o caminho tomado pelo PSD - com apoio do PS, tem sido nos últimos tempos (e apenas nos últimos temos porque até aqui não havia sequer um caminho a ser tomado) é precisamente o do ranking, e nem sequer se fala num ranking baseado em índices de qualidade de vida: tudo o que tem feito é tentar obter números grandes sem se importar com as consequências, benéficas ou malignas, que esses «números» têm. Números traduzidos em megalomania, apenas números e nunca pessoas.